27 de março de 2016

ZICA VIRUS - PERGUNTAS E RESPOSTAS

O que é a febre por Vírus Zika? 

É uma doença viral aguda, transmitida principalmente por mosquitos, tais como Aedes aegypti, caracterizada por exantema maculopapular pruriginoso, febre intermitente, hiperemia conjuntival não purulenta e sem prurido, artralgia, mialgia e dor de cabeça. Apresenta evolução benigna e os sintomas geralmente desaparecem espontaneamente após 3-7 dias.

obs. outras informações clique aqui

Qual a distribuição dessa doença? 

O vírus Zika foi isolado pela primeira vez em primatas não humanos em Uganda, na floresta Zika em 1947, por esse motivo esta denominação. Entre 1951 a 2013, evidências sorológicas em humanos foram notificadas em países da África (Uganda, Tanzânia, Egito, República da África Central, Serra Leoa e Gabão), Ásia (Índia, Malásia, Filipinas, Tailândia, Vietnã e Indonésia) e Oceania (Micronésia e Polinésia Francesa).

Nas Américas, o Zika Vírus somente foi identificado na Ilha de Páscoa, território do Chile no oceano Pacífico, 3.500 km do continente no início de 2014.
O Zika Vírus é considerado endêmico no Leste e Oeste do continente Africano. Evidências sorológicas em humanos sugerem que a partir do ano de 1966 o vírus tenha se disseminado para o continente asiático.
Atualmente há registro de circulação esporádica na África (Nigéria, Tanzânia, Egito, África Central, Serra Leoa, Gabão, Senegal, Costa do Marfim, Camarões, Etiópia, Quénia, Somália e Burkina Faso) e Ásia (Malásia, Índia, Paquistão, Filipinas, Tailândia, Vietnã, Camboja, Índia, Indonésia) e Oceania (Micronésia, Polinésia Francesa, Nova Caledônia/França e Ilhas Cook).
Casos importados de Zika virus foram descritos no Canadá, Alemanha, Itália, Japão, Estados Unidos e Austrália (12) Adicionar Ilha de Páscoa.

Como é transmitida?

O principal modo de transmissão descrito do vírus é por vetores. No entanto, está descrito na literatura científica, a ocorrência de transmissão ocupacional em laboratório de pesquisa, perinatal e sexual, além da possibilidade de transmissão transfusional.

Quais são os principais sinais e sintomas?
Segundo a literatura, mais de 80% das pessoas infectadas não desenvolvem manifestações clínicas, porém quando presentes são caracterizadas por exantema maculopapular pruriginoso, febre intermitente, hiperemia conjuntival não purulenta e sem prurido, artralgia, mialgia e dor de cabeça e menos frequentemente, edema, dor de garganta, tosse, vômitos e haematospermia. Apresenta evolução benigna e os sintomas geralmente desaparecem espontaneamente após 3 a 7 dias. No entanto, a artralgia pode persistir por aproximadamente um mês.

Recentemente, foi observada uma possível correlação entre a infecção ZIKAV e a ocorrência de síndrome de Guillain-Barré (SGB) em locais com circulação simultânea do vírus da dengue, porém não confirmada a correlação.

          
Qual o prognóstico?
Em suma, vem sendo considerada uma doença benigna, na qual nenhuma morte foi relatada e autolimitada, com os sinais e sintomas durando, em geral, de 3 a 7 dias. Não vê sendo descritas formas crônicas da doença.

Há tratamento ou vacina contra o Zika vírus?

Não existe O tratamento específico. O tratamento dos casos sintomáticos recomendado é baseado no uso de acetaminofeno (paracetamol) ou dipirona para o controle da febre e manejo da dor. No caso de erupções pruriginosas, os anti-histamínicos podem ser considerados. No entanto, é desaconselhável o uso ou indicação de ácido acetilsalicílico e outros drogas anti-inflamatórias em função do devido ao risco aumentado de complicações hemorrágicas descritas nas infecções por síndrome hemorrágica como ocorre com outros flavivírus.
Não há vacina contra o Zika vírus.
A SVS/MS informa que mesmo após a identificação do Zika Vírus no país, há regiões com ocorrência de casos de dengue e chikungunya, que, por apresentarem quadro clínico semelhante, não permitem afirmar que os casos de síndrome exantemática identificados sejam relacionados exclusivamente a um único agente etiológico.

Assim, independentemente da confirmação das amostras para ZIKAV, é importante que os profissionais de saúde se mantenham atentos frente aos casos suspeitos de dengue nas unidades de saúde e adotem as recomendações para manejo clínico conforme o preconizado no protocolo vigente, na medida em que esse agravo apresenta elevado potencial de complicações e demanda medidas clínicas específicas, incluindo-se a classificação de risco, hidratação e monitoramento.

Como evitar e quais as medidas de prevenção e controle?

As medidas de prevenção e controle são semelhantes às da dengue e chikungunya. Não existem medidas de controle específicas direcionadas ao homem, uma vez que não se dispõe de nenhuma vacina ou drogas antivirais.

Prevenção domiciliar

Deve-se reduzir a densidade vetorial, por meio da eliminação da possibilidade de contato entre mosquitos e água armazenada em qualquer tipo de depósito, impedindo o acesso das fêmeas grávidas por intermédio do uso de telas/capas ou mantendo-se os reservatórios ou qualquer local que possa acumular água, totalmente cobertos. Em caso de alerta ou de elevado risco de transmissão, a proteção individual por meio do uso de repelentes deve ser implementada pelos habitantes.
Individualmente, pode-se utilizar roupas que minimizem a exposição da pele durante o dia quando os mosquitos são mais ativos podem proporcionar alguma proteção contra as picadas dos mosquitos e podem ser adotadas principalmente durante surtos, além do uso repelentes na pele exposta ou nas roupas.

Prevenção na comunidade

Na comunidade deve-se basear nos métodos realizados para o controle da dengue, utilizando-se estratégias eficazes para reduzir a densidade de mosquitos vetores. Um programa de controle da dengue em pleno funcionamento irá reduzir a probabilidade de um ser humano virêmico servir como fonte de alimentação sanguínea, e de infecção para Ae. aegypti e Ae. albopictus, levando à transmissão secundária e a um possível estabelecimento do vírus nas Américas.
Os programas de controle da dengue para o Ae. aegypti, tradicionalmente, têm sido voltados para o controle de mosquitos imaturos, muitas vezes por meio de participação da comunidade em manejo ambiental e redução de criadouros.

Procedimentos de controle de vetores

As orientações da OMS e do Ministério da Saúde do Brasil para a dengue fornecem informações sobre os principais métodos de controle de vetores e devem ser consultadas para estabelecer ou melhorar programas existentes. O programa deve ser gerenciado por profissionais experientes, como biólogos com conhecimento em controle vetorial, para garantir que ele use recomendações de pesticidas atuais e eficazes, incorpore novos e adequados métodos de controle de vetores segundo a situação epidemiológica e inclua testes de resistência dos mosquitos aos inseticidas.

Como denunciar os focos do mosquito?
As ações de controle são semelhantes aos da dengue, portanto voltadas principalmente na esfera municipal. Quando o foco do mosquito é detectado, e não pode ser eliminado pelos moradores de um determinado local, a Secretaria Municipal de Saúde deve ser acionada.

O que fazer se estiver com os sintomas de febre por Vírus Zika?
Procurar o serviço de saúde mais próximo para receber orientações.


FONTE: http://portalsaude.saude.gov.br

Síndrome de Guillain-Barré



A síndrome de Guillain-Barré, também conhecida por polirradiculoneuropatia idiopática aguda oupolirradiculopatia aguda imunomediada, é uma doença do sistema nervoso (neuropatia) adquirida, provavelmente de caráter autoimune, marcada pela perda da bainha de mielina e dos reflexos tendinosos. Ela se manifesta sob a forma de inflamação aguda desses nervos e, às vezes, das raízes nervosas, e pode afetar pessoas de qualquer idade, especialmente, os adultos mais velhos.

O processo inflamatório e desmielizante interfere na condução do estímulo nervoso até os músculos e, em parte dos casos, no sentido contrário, isto é, na condução dos estímulos sensoriais até o cérebro.
Em geral, a moléstia evolui rapidamente, atinge o ponto máximo de gravidade por volta da segunda ou terceira semana e regride devagar. Por isso, pode levar meses até o paciente ser considerado completamente curado. Em alguns casos, a doença pode tornar-se crônica ou recidivar.

Causas

Não se conhece a causa específica da síndrome. No entanto, na maioria dos casos, duas ou três semanas antes, os portadores manifestaram uma doença aguda provocada por vírus (citomegalovírus, Epstein Barr, da gripe e da hepatite, por exemplo) ou bactérias (especialmenteCampylobacter jejuni ). A hipótese é que essa infecção aciona o sistema de defesa do organismo para produzir anticorpos contra os micro-organismos invasores. No entanto, a resposta imunológica é mais intensa do que seria necessário e, além do agente infeccioso, ataca também a bainha de mielina que reveste os nervos periféricos.Cirurgias, vacinação, traumas, gravidez, linfomas, gastrenterite aguda e infecção das vias respiratórias altas podem ser consideradas outras causas possíveis da polirradiculoneuropatia aguda.

Há indícios de que possa ocorrer uma correlação entre o aumento de casos da síndrome de Guillain-Barré e a infecção por Zika virus. Como a doença não é de notificação compulsória às autoridades públicas de saúde e só aparece depois que o vírus não está mais presente no organismo fica difícil determinar a possível relação entre os dois episódios.

Sintomas

O sintoma preponderante da síndromede Guillain-Barré é a fraqueza muscular progressiva e ascendente, acompanhada ou não de parestesias (alterações da sensibilidade, como coceira, queimação, dormência, etc.), que se manifesta inicialmente nas pernas e pode provocar perdas motoras e paralisia flácida. Com a evolução da doença, a fraqueza pode atingir o tronco, braços, pescoço e afetar os músculos da face, da orofaringe, da respiração e da deglutição.
Em número menor de casos, o comprometimento dos nervos periféricos pode produzir sintomas relacionados com o sistema nervoso autônomo, como taquicardia, oscilações na pressão arterial, anormalidades na sudorese, no funcionamento dos intestinos e da bexiga, no controle dos esfíncteres e disfunção pulmonar.
Os sintomas regridem no sentido inverso ao que começaram, isto é, de cima para baixo.

Diagnóstico

O diagnóstico tem como base a avaliação clínica e neurológica, a análise laboratorial do líquido cefalorraquiano (LCR) que envolve o sistema nervoso central, e a eletroneuromiografia.
É muito importante estabelecer o diagnóstico diferencial com outras doenças autoimunes e neuropatias, como a poliomielite e o botulismo, que também podem provocar déficit motor.
Tratamento
O tratamento da síndrome conta com dois recursos: a plasmaférese (técnica que permite filtrar o plasma do sangue do paciente) e a administração intravenosa de imunoglobulina para impedir a ação deletéria dos anticorpos agressores. Exercícios fisioterápicos devem ser introduzidos precocemente para manter a funcionalidade dos movimentos.
Medicamentos imunosupressores podem ser úteis, nos quadros crônicos da doença.

Importante: A síndrome de Guillain-Barré deve ser considerada uma emergência médica que exige internação hospitalar já na fase inicial da enfermidade. Quando os músculos da respiração e da face são afetados, o que pode acontecer rapidamente, os pacientes necessitam de ventilação mecânica para o tratamento da insuficiência respiratória.

Recomendações

Esteja atento às seguintes considerações:
* Em grande parte dos casos, a síndrome de Guillain-Barré é um distúrbio autolimitado. No entanto, o paciente deve ser levado imediatamente para o hospital assim que apresentar sintomas que possam sugerir a doença, porque pode precisar de atendimento de urgência;
* Como ainda não foram determinadas as causas da doença, não foi possível também estabelecer as formas de preveni-la;
* O processo de recuperação da síndrome, em geral, é vagaroso, mas o restabelecimento costuma ser completo;
* É muito pequeno o número de casos da síndrome em que a causa pode ser atribuída à vacinação, em geral, contra gripe e meningite. Por isso, as pessoas devem continuar tomando essas vacinas normalmente;
* A fisioterapia é um recurso fundamental especialmente para o controle e reversão do déficit motor que a síndrome pode provocar.

Fonte: http://drauziovarella.com.br

26 de março de 2016

DOENÇA DE PARKINSON - PERGUNTAS E RESPOSTAS


O que é Doença  de Parkinson (DP)?
 
A Doença de Parkinson é uma doença degenerativa do sistema nervoso central, crônica e progressiva. É causada por uma diminuição intensa da produção de dopamina, que é um neurotransmissor (substância química que ajuda na transmissão de mensagens entre as células nervosas). A dopamina ajuda na realização dos movimentos voluntários do corpo de forma automática, ou seja, não precisamos pensar em cada movimento que nossos músculos realizam, graças à presença dessa substância em nossos cérebros. Na falta dela, particularmente numa pequena região encefálica chamada substância negra, o controle motor do indivíduo é perdido, ocasionando sinais e sintomas característicos, que veremos adiante.

Qual é a causa dessa intensa diminui-ção na quantidade de dopamina?
 
Com o envelhecimento, todos os indivíduos saudáveis apresentam morte progressiva das células nervosas que produzem dopamina. Algumas pessoas, entretanto, perdem essas células (e conseqüentemente diminuem muito mais seus níveis de dopamina) num ritmo muito acelerado e, assim, acabam por manifestar os sintomas da doença. Não se sabe exatamente quais os motivos que levam a essa perda progressiva e exagerada de células nervosas (degeneração), muito embora o empenho de estudiosos deste assunto seja muito grande. Admitimos que mais de um fator deve estar envolvido no desencadeamento da doença. Esses fatores podem ser genéticos ou ambientais.

A DP é genética?

Embora já sejam conhecidos alguns genes relacionados com a ocorrência da Doença de Parkinson, ela habitualmente não é uma doença hereditária. Apenas ocasionalmente há diversos casos da doença numa mesma família e, em geral, trata-se de casos com início precoce (abaixo dos 40 anos de idade). Assim, devemos entender que não há como definir um risco real para filhos de pacientes também virem a desenvolver a doença, ou seja, a presença de um doente na família não aumenta o risco da doença em nenhum indivíduo. Os genes que favorecem o desenvolvimento da doença possivelmente devem agir de forma indireta, juntamente com outros fatores. Entre estes, destacam-se fatores ambientais, como contaminação com agentes tóxicos (agrotóxicos e resíduos químicos, por exemplo).

Quais são os sintomas da DP?

 
 
O quadro clínico basicamente é composto de quatro sinais principais: tremores; acinesia ou bradicinesia (lentidão e diminuição dos movimentos voluntários); rigidez (enrijecimento dos músculos, principalmente no nível das articulações); instabilidade postural (dificuldades relacionadas ao equilíbrio, com quedas freqüentes). Para o diagnóstico não é necessário entretanto que todos os elementos estejam presentes, bastando dois dos três primeiros itens citados.

Esses sinais e sintomas estão presentes somente na DP?
 
Esse conjunto de sinais e sintomas neurológicos é chamado de síndrome parkinsoniana ou parkinsonismo. Doenças diferentes e causas muito diversas podem produzir essa síndrome parkinsoniana. Entretanto, a principal causa dessa síndrome é a própria Doença de Parkinson, em aproximadamente 70% dos casos. Os demais casos relacionam-se a enfermidades ou condições clínicas nas quais os sintomas são semelhantes, porém outras características estão presentes e a história clínica e a evolução vão ajudar no diagnóstico diferencial. Portanto, quando um médico faz menção ao parkinsonismo ou síndrome parkinsoniana, ele não estará necessariamente se referindo à Doença de Parkinson. Uma causa importante de parkinsonismo secundário é o uso de certos medicamentos (por exemplo, algumas das drogas usadas para vertigens, tonturas e doenças psiquiátricas e alguns remédios para hipertensão). A importância de se identificar esses casos é que os sintomas são potencialmente reversíveis com a interrupção dos medicamentos que os causaram.

Como os sintomas da DP se manifestam?

A Doença de Parkinson costuma instalar-se de forma lenta e progressiva, em geral em torno dos 60 anos de idade, embora 10% dos casos ocorram antes dos 40 anos (parkinsonismo de início precoce) e até em menores de 21 anos (parkinsonismo juvenil). Ela afeta ambos os sexos e todas as raças. Os sintomas aparecem inicialmente só de um lado do corpo e o paciente normalmente se queixa que “um lado não consegue acompanhar o outro”. O tremor é caracteristicamente presente durante o repouso, melhorando quando o paciente move o membro afetado. Não está, entretanto, presente em todos os pacientes com Doença de Parkinson, assim como nem todos os indivíduos que apresentam tremor são portadores de tal enfermidade. O paciente percebe que os movimentos com o membro afetado estão mais difíceis, mais vagarosos, atrapalhando nas tarefas habituais, como escrever (a letra torna-se pequena), manusear talheres, abotoar roupas. Sente também o lado afetado mais pesado e mais enrijecido. Esses sintomas pioram de intensidade, afetando inicialmente outro membro do mesmo lado e, após alguns anos, atingem o outro lado do corpo. O paciente também pode apresentar sintomas de dificuldade para andar (anda com passos pequenos) e alterações da fala.

São necessários exames complementares para o diagnóstico da DP?

O diagnóstico da Doença de Parkinson é basicamente clínico, baseado na correta valorização dos sinais e sintomas descritos. O profissional mais habilitado para tal interpretação é o médico neurologista, que é capaz de diferenciá-los do que ocorre em outras doenças neurológicas que também afetam os movimentos. Os exames complementares, como tomografia cerebral, ressonância magnética etc., servem apenas para avaliação de outros diagnósticos diferenciais. O exame de tomografia por emissão de pósitrons (PET-Scan) pode ser utilizado como um programa especial para o diagnóstico de Doença de Parkinson, mas é, na maioria das vezes, desnecessário, diante do quadro clínico e evolutivo característico.

A DP tem tratamento?

A Doença de Parkinson é tratável e geralmente seus sinais e sintomas respondem de forma satisfatória às medicações existentes. Esses medicamentos, entretanto, são sintomáticos, ou seja, eles repõem parcialmente a dopamina que está faltando e, desse modo, melhoram os sintomas da doença. Devem, portanto, ser usados por toda a vida da pessoa que apresenta tal enfermidade, ou até que surjam tratamentos mais eficazes. Ainda não existem drogas disponíveis comercialmente que possam curar ou evitar de forma efetiva a progressão da degeneração de células nervosas que causam a doença. Há diversos tipos de medicamentos antiparkinsonianos disponíveis, que devem ser usados em combinações adequadas para cada paciente e fase de evolução da doença, garantindo, assim, melhor qualidade de vida e independência ao enfermo. Também existem técnicas cirúrgicas para atenuar alguns dos sintomas da Doença de Parkinson, que devem ser indicadas caso a caso, quando os medicamentos falharem em controlar tais sintomas. Tratamento adjuvante com fisioterapia e fonoaudiologia é muito recomendado. O objetivo do tratamento, incluindo medicamentos, fisioterapia, fonoaudiologia, suporte psicológico e nutricional, é reduzir o prejuízo funcional decorrente da doença, permitindo que o paciente tenha uma vida independente, com qualidade, por muitos anos.


Procure um Neurologista. Ele é o profissional mais indicado para orientá-lo.

Fonte: http://www.cadastro.abneuro.org/


23 de março de 2016

CASPA - TRATAMENTO

Para o tratamento da caspa é aconselhado alternar lavagens com xampus específicos e xampus para o uso diário. A caspa seca aparece seguida a uma aceleração da regeneração das células. Para curá-la, basta normalizar esta regeneração com a ajuda de xampus específicos.

Os tratamentos contra a caspa oleosa são muito parecidos. Estas são causadas por um excesso de sebo, consequentemente, é necessário normalizar esta secreção com o auxílio de xampus especiais para cabelos oleosos.

Por vezes, no entanto, a caspa oleosa é causada por crescimento excessivo de um fungo. Neste caso, utilize xampus antifúngicos, à venda nas farmácias locais.
Obs: Lavar frequentemente os cabelos com xampus para cabelos oleosos piora o problema pois isso estimula as glândulas sebáceas, que secretam ainda mais sebo. É melhor, portanto, alternar xampus para cabelos oleosos e xampus suaves.

A dermatite seborréica em crianças geralmente melhora sem tratamento dentro de semanas ou meses. Em alguns casos é necessário tratamento: utilizar xampu para bebês e gentilmente remover a pele descamante com uma esponja macia, também é possível aplicar óleo para bebê para remover a pele descamante e depois passar o xampu.

Caso persista, consulte um médico, pois ele poderá prescrever pomadas/cremes a base de corticóides ou xampus antifúngicos.
A dermatite seborréica em adultos, por ser uma condição crônica, geralmente requer longos tratamentos, como: xampus anti-caspa ou antifúngicos, que geralmente são eficazes após 5 semanas de tratamento.

O xampu deve ser deixado entre 5 a 10 minutos no cabelo antes de enxaguar e deve ser remo vido completamente do cabelo. Caso persista, consulte um médico, pois ele poderá prescrever pomadas/cremes a base de corticóides ou xampus antifúngicos.

A dermatite seborréica em adultos, por ser uma condição crônica, geralmente requer longos tratamentos, como: xampus anti-caspa ou antifúngicos, que geralmente são eficazes após 5 semanas de tratamento.
O xampu deve ser deixado entre 5 a 10 minutos no cabelo antes de enxaguar e deve ser remo vido completamente do cabelo.
Caso persista, consulte um médico, pois ele poderá prescrever pomadas/cremes a base de corticóides ou xampus antifúngicos.

Tratamentos naturais

Existem xampus a base de plantas que auxiliam no tratamento da caspa. Xampus a base de plantas como a mirra, oeucalipto ou a tussilagem e o alcatrão. Para maiores informações sobre a posologia, peça conselhos ao seu médico ou farmacêutico.
O xampu de alcatrão possui alguns inconvenientes, como forte odor e manchar cabelos descoloridos.
O óleo de Melaleuca (Tea tree oil) também pode ser utilizado para combater as caspas. Este óleo é extraído de uma planta Australiana e possui alguns estudos que indicam usa ação contra a caspa.

Dicas

– Se nada for utilizado para interromper a caspa, em longo prazo ela pode provocar uma inflamação (com conseqüências médicas), portanto é importante buscar um tratamento com rapidez.
– Quando o couro cabelo estiver avermelhado ou com muita coceira, é preferível consultar um médico.

– Se as caspas se formarem não somente na cabeça, mas também no corpo, é necessário consultar um médico imediatamente.
– As pessoas que possuem uma pele seca devem evitar lavar demais os cabelos no inverno.
– Para tratar o couro cabeludo, é importante adotar uma alimentação sadia e utilizar xampus suaves.
– Mesmo caso não apresente mais caspa, recomendamos que utilize xampu anti-caspa ou antifúngico algumas vezes por mês, para prevenir novos casos.


– Não leve os cabelos com água muito quente.
– Não durma com cabelos molhados ou úmidos.
– A exposição ao sol pode ajudar a reduzir a caspa. Atenção, o sol pode ser prejudicial para a pele (risco de câncer), então você deve se expor moderadamente e aplicar protetor solar. Pergunte ao seu médico para obter mais informações.



– Use a menor quantidade de produtos para o cabelo, como gel, spray de cabelo, mousse, etc. Com o uso destes produtos, o seu cabelo pode se tornar oleoso, uma fonte de caspa.


Caspa



As caspas são finas escamas brancas que provêm do couro cabeludo. Elas podem ser de dois tipos: caspa seca ou oleosa. As secas estão mais relacionadas com uma aceleração da regeneração das células do couro cabeludo. Já as oleosas podem estar relacionas com uma dermatite seborréica, psoríase ou alta proliferação de fungos.

Outros fatores como estresse, ansiedade, banho muito quente, idade e sexo também estão relacionados. Os homens são geralmente mais afetados do que as mulheres.
Aproximadamente 1 a 3% dos adultos e 10% dos bebês com menos de 1 mês de idade, sofrem de caspa ou dermatite seborreica.

A caspa seca é caracterizada pelo surgimento de pequenas escamas brancas e é acompanhada por cabelos óleos. Já a caspa oleosa apresenta menos queda de escamas brancas, cabelos óleos, vermelhidão, com ou sem coiceira. Ambas tendem a piorar com o frio ou durante inverno seco.
As caspas podem regredir naturalmente, principalmente em bebês menores de 1 mês de vida. No caso dos adultos, a caspa geralmente é uma condição crônica e muitas vezes são necessários longos tratamentos.

O tratamento da caspa é feito com xampus anti-caspa ou antifúngicos, existem diversos tipos com efetividade parecida, caso um xampu não esteja funcionando para você procure outro com diferente princípio ativo. O xampu deve ser deixado entre 5 a 10 minutos no cabelo antes de enxaguar e deve ser remo vido completamente do cabelo.

Lavar frequentemente os cabelos com xampus para cabelos oleosos piora o problema, pois isso estimula as glândulas sebáceas, que secretam ainda mais sebo. É melhor, portanto, alternar xampus para cabelos oleosos e xampus suaves. Caso a caspa persista, consulte um médico, pois ele poderá prescrever pomadas/cremes a base de corticóides ou xampus antifúngicos.
Caso você prefira alternativas naturais, existem xampus a base de plantas como a mirra, o eucalipto, a tussilagem e o alcatrão que podem auxiliar no tratamento.
Procure um médico caso o couro cabeludo estiver avermelhado, com muita coceira ou se a caspa surgir em outras partes do corpo, pois nestes casos a caspa pode estar associada a outras doenças.
Para prevenir a caspa, evite lavar demais os cabelos, principalmente com água muito quente, não durma com cabelo molhado, mantenha uma alimentação saudável e utilize xampu anti-caspa ou antifúngico algumas vezes por mês mesmo sem sintomas.

Definição

Distinguimos dois tipos de caspa:Elas são o sinal de uma micose no couro cabeludo, mas não são contagiosas. É importante saber que os homens possuem maior tendência a ter caspa do que as mulheres, pois eles produzem naturalmente mais sebo.





– a caspa seca: devida a uma aceleração da regeneração das células do couro cabeludo. Falamos em caspas secas quando estas são muito finas e se destacam facilmente.

– a caspa oleosa: trata-se de uma dermatite seborréica moderada, onde há produção de excesso de sebo (óleo) nos cabelos. Encontramos este tipo de caspa durante a infância (geralmente melhora até os 8 ou 12 meses de idade) e em cabelos oleosos de todas as idades. Elas são fáceis de serem reconhecidas, pois elas são amarelas e colam no crânio.

Em adultos, a dermatite seborréica é uma condição crônica e geralmente necessita longos tratamentos, diferente dos casos em crianças que geralmente regridem sem tratamento assim que a criança atinge entre 8 e 12 meses de idade.

Causas

A principal causa do aparecimento das caspas é o uso muito frequente de xampus detergentes, que não somente deixam os cabelos oleosos, mas também irritam o couro cabeludo.
Aliás, as pessoas que possuem pele seca, estão mais expostas a esse tipo de problema.
Em certos casos, o aparecimento de caspas é causado por uma doença de pele, como a dermatite seborréica, eczemas ou a psoríase.
A queda de caspas é igualmente freqüente em momentos de estresse ou ansiedade e mudanças hormonais, sobretudo nos homens.
Doenças neurológicas, como doença de Parkinson, aumentam o risco de desenvolver dermatite seborréica.
O fungo do gênero Malassezia pode estar relacionado com a presença da caspa. Este fungo esta presente naturalmente no couro cabeludo, mas algumas vezes se prolifera mais. Estudos não demonstraram relação entre o aumento da população de Melassezia e o surgimento da caspa, mas pessoas com caspa fraquentemente possuiem sua proliferação exacerbada.

Sintomas

No que diz respeito à caspa seca, podemos observá-la nos ombros, ou no revés das roupas, em forma de pequenas escamas brancas, o que é não é estético.

A caspa oleosa não é sempre tão notada, mas provoca coceira e irritações no couro cabeludo.
Em ambos os casos, a queda de caspas é sempre acompanhada de cabelos oleosos e tende a piorar com o frio ou durante inverno seco.

A dermatite seborréica em crianças causa vermelhidão, diferentes escalas de oleosidade, descamação da pele e geralmente não causa coceira. Além do couro cabeludo, pode afetar outras áreas, como: face, orelhas, pescoço e dobras da pele.

A dermatite seborréica em adultos causa vermelhidão, oleosidade, descamação da pele e coceira. Em homens é comum afetar não só o couro cabeludo como também a barba. Outras áreas afetadas pela dermatite seborréica: orelhas, face, sobrancelhas e nariz.

Veja tratamento no link http://reimel.blogspot.com.br/2016/03/caspa-tratamento.html


FONTE:http://www.criasaude.com.br




22 de março de 2016

Diga nao à CPMF


O que é CPMF:


CPMF significa Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira, um imposto cobrado por todas as movimentações financeiras feitas por pessoas jurídicas e físicas.

Esta cobrança incidia sobre as movimentações bancárias dos contribuintes e vigorou entre 1996 e 2007. A alíquota inicial era de 0,25%, aumentando para 0,38% em 2002.

A CPMF foi criada para arrecadar verbas destinadas à Saúde Pública, durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, através da Emenda Constitucional nº 12, 16 de agosto de 1996.

Era um tributo federal gerido pela Receita Federal, com a proposta de ser uma contribuição provisória, cuja extinção aconteceria quando as contas do governo estivessem equilibradas.

Após muitas polêmicas sobre a continuação ou não da cobrança desse imposto, em dezembro de 2007 o Senado brasileiro rejeitou a proposta de prorrogação. A cobrança de CPMF foi oficialmente extinta em 1 de Janeiro de 2008.

Ainda em 2008, houve uma proposta de criação de uma nova CPMF, com o nome de Contribuição Social para a Saúde (CSS), um tributo criado pelo Projeto de Lei Complementar 306/08.

No dia 21 de Setembro de 2011, a Câmara dos Deputados rejeitou a proposta que seguiu para análise do Senado. Em 2015, a ideia de reimplantar a CPMF foi novamente debatida, desta vez para ajudar a cobrir o rombo da Previdência Social. A proposta é cobrar 0,2% de todas as movimentações financeiras feitas por pessoas físicas e jurídicas.

Como funciona 


A CPMF é considerada uma ação bastante impopular, pois a contribuição é retirada diretamente do dinheiro da pessoa, seja quando esta faz um saque no banco, paga uma conta ou uma transferência para outra conta bancária.

Por exemplo, quando alguém faz uma transferência no valor de R$ 1.000,00 (mil reais), seria cobrado o valor de R$ 2 (dois reais) de CPMF, considerando a alíquota de 0,2%.

Como o nome sugere, a Contribuição Provisória de Movimentação Financeira é um imposto temporário, com uma duração média de quatro anos, podendo ser prorrogada por mais tempo, como já aconteceu no passado.

Obs. Artigo retirado do site significado.com. br

Não obstante impopular, a ideia de criação da CPMF pelo governo Federal atualmente não está descartada, prova disso é que a presidente da republica bem como o ministro da fazenda e outros políticos governistas constantemente insistem na sua ressuscitação como salvação da pátria.

Contudo, como todos nós já pagamos uma das maiores cargas tributarias do mundo; sabendo ainda, que tal imposto tem como único objetivo tapar o rombo causado pela corrupção e pela má gestão do governo, seja na previdência social seja em outros setores da administração publica federal, não há aceitarmos pacificamente o retorno desse malsinado imposto.

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CÂIMBRAS


São clássicas as cenas do jogador de futebol, que pega a bola, sai em disparada rumo ao gol, quase certo, e de repente cai, contorcendo-se de dor nos músculos da perna. Câimbras podem acontecer quando menos se espera. De repente, a pessoa sente uma dor intensa provocada por contrações involuntárias de um ou mais músculos, repentinas e prolongadas.

As contrações usualmente se instalam nos membros inferiores e ocorrem em espasmos, tornando visíveis os músculos e tendões contraídos. Causas Em geral, as câimbras musculares são causadas pela prática de esportes ou por determinadas atividades profissionais.

Já as câimbras noturnas na perna, muitas vezes não têm causa aparente, mas sugerem a associação com algumas doenças sistêmicas. Entre as causas mais comuns das câimbras, é válido citar:

1) Uso exagerado da musculatura São as câimbras típicas dos atletas que praticam exercícios que sobrecarregam determinados músculos. No entanto, elas podem ocorrer, também, nas mãos, nos braços e no pescoço como resultado de atividades como escrever, digitar ou trabalhar com ferramentas na mesma posição durante muito tempo.

2) Desidratação A água facilita as contrações e o relaxamento das fibras musculares e dos tendões. A falta dela deixa-os mais sujeitos a espasmos.

3) Baixas temperaturas O frio faz com que a musculatura fique mais tensa e contraída, o que facilita a ocorrência de espasmos das fibras musculares.

4) Má circulação Nos mais velhos, o estreitamento das artérias que irrigam os membros inferiores causado por placas de aterosclerose pode provocar câimbras, quando a musculatura é solicitada com mais intensidade.


5) Compressão de raízes nervosas Artroses e perda de elasticidade dos discos que ficam entre as vértebras da coluna lombar podem comprimir os nervos, que saem para inervar os membros inferiores, e provocar dor. Essa dor fica mais forte à medida que a pessoa anda e pode adquirir as características típicas das câimbras. No entanto, ela melhora quando a coluna fica ligeiramente flexionada para frente, por exemplo, na posição que a pessoa assume ao empurrar o carrinho do supermercado.

6) Carência de sais minerais Falta de potássio, cálcio ou magnésio na dieta alimentar pode estar por trás de quadros de câimbras frequentes. Pessoas hipertensas que tomam diuréticos geralmente perdem potássio.

7) Outras causas Portadores de diabetes, anemia, insuficiência renal, doenças da tireoide, degenerações neurológicas, desequilíbrios hormonais e mulheres grávidas estão mais sujeitos a desenvolver episódios dolorosos de câimbras.

Prevenção


Câimbras não têm cura, mas alguns cuidados simples podem prevenir a repetição das crises:

1) Boa hidratação Tome bastante líquido durante o dia, especialmente antes de praticar exercícios vigorosos. Bem hidratados, os músculos se contraem e relaxam com mais facilidade.

2) Exercícios de alongamento O alongamento deve ser feito antes e depois de qualquer exercício mais prolongado. Se as câimbras ocorrerem mais à noite, faça os alongamentos antes de deitar-se.

3) Alimentação balanceada Inclua frutas e verduras na sua dieta habitual. Esses alimentos são ricos em vitaminas e sais minerais, nutrientes importantes para o funcionamento não só dos músculos, mas de todo o organismo.

Tratamento 

Na maioria das vezes, os episódios dolorosos são ocasionais, duram menos de um minuto e desaparecem espontaneamente. Analgésicos e anti-inflamatórios não têm utilidade nenhuma no tratamento das câimbras.

No entanto, nas crises, algumas medidas simples podem representar a melhor forma de tratamento.

1) Alongamento e massagem Alongar o músculo em espasmo e massagear a área afetada com movimentos circulares são técnicas fundamentais para promover o relaxamento da musculatura e alívio da dor. Quando as câimbras se manifestam nas pernas, a pessoa deve ficar em pé e colocar o peso sobre a perna acometida. Se não conseguir ficar em pé, deve sentar-se, e esticar a perna e puxar os pés para trás com as mãos.

2) Aplicação de calor no local O aumento da temperatura favorece o relaxamento dos músculos.

Recomendações 

* Não desanime. Os exercícios de alongamento levam tempo para produzir os efeitos necessários para prevenção e controle dos episódios de câimbras;

* Converse com seu médico a respeito da recorrência dos episódios se você faz hemodiálise ou toma remédios contra a hipertensão;

* Repouse um pouco e não force a musculatura afetada pelos episódios dolorosos;

* Lembre que a banana é um alimento rico em potássio.

Fonte: drauziovarella.com.br

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17 de março de 2016

ATENÇÃO: Ato de nomeação de Lula para o cargo de ministro é NULO!


Os requisitos de um ato administrativo são: competência, finalidade, objeto, motivo e forma. Finalidade é o bem jurídico objetivado pelo ato administrativo, é VINCULADO (é o legislador que define a finalidade do ato, não existindo liberdade de opção para o administrador). O ato deve alcançar a finalidade expressa ou implicitamente prevista na norma que atribui competência ao agente para a sua prática. O Administrador não pode fugir da finalidade que a lei imprimiu ao ato, sob pena de NULIDADE do ato pelo DESVIO DE FINALIDADE específica. Havendo qualquer desvio, o ato é nulo por DESVIO DE FINALIDADE, mesmo que haja relevância social.

Quando um cidadão formalmente denunciado pela prática de crimes é convidado a ocupar um cargo que lhe confere foro especial por prerrogativa de função, isto é, dê-lhe a possibilidade de livrar-se da Justiça de primeira instância e de responder perante um tribunal, se a finalidade do ato político-administrativo de nomeação foi deturpada, visou tão somente a concessão do foro por prerrogativa, há a ocorrência de jocoso desvio de finalidade.

Então qual a consequência da prática de um ato administrativo que sofre da pecha do desvio de finalidade? O ato deve ser declarado NULO!

A Lei da Ação Popular, Lei 4.717 de 1965, afirma que é nulo o ato administrativo praticado com desvio de finalidade. O artigo 2º, parágrafo único, alínea e, assim aduz:
e) o desvio de finalidade se verifica quando o agente pratica o ato visando a fim diverso daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência.
Não há qualquer dúvida minimamente razoável após tudo que o Governo Federal já declarou e as experiências da vida que a finalidade da nomeação de Lula para um ministério é conferir-lhe foro por prerrogativa retirando-o da competência do juiz Sérgio Moro, de seu juízo natural, com o fulcro de impedir a decretação de sua prisão preventiva.

A priori já se denota tratar-se ato político-administrativo absolutamente imoral, que atenta contra o princípio da Moralidade nos termos do art. 37 da CRFB, algo curial para a atual Administração Federal, é verdade.
Com o encaminhamento da Justiça Estadual para a Justiça Federal -13ª Vara Federal Criminal de Curitiba - já que aquela declinou competência em favor desta por entender tratar-se de matérias de competência federal, todo material restará enviado ao MP federal de Curitiba, que reanalisará e formará o seu convencimento quanto a existência ou não de elementos para denúncia (justa causa) e prisão preventiva (requisitos do art. 312 do CPP). Posteriormente, a mesma análise será feita pelo juízo federal na figura de Sérgio Moro (que passaria a ser juiz natural da causa), que assim ganharia novos fundamentos para denúncia e decretação da prisão preventiva que se somará ao que já foi apurado no que sempre foi de sua competência da operação Lava Jato no tocante indigitado ex-presidente.
Não entraremos no mérito se a competência seria de fato estadual ou federal, não é este o objeto deste artigo.

Referido ocorrido, corroborado pelas manifestações nas ruas “nunca antes visto na história deste país”, indica que agilizaria-se o processo de aceitação do cargo de ministro pelo ex-presidente Lula para levar todo material investigado para o PGR e possível processamento para o Supremo Tribunal Federal, onde as influências traficadas pelo PT e pelo Governo Federal são notoriamente mais robustas, o que praticamente o livraria do risco do pedido de prisão preventiva do nobre PGR e de sua decretação por parte do STF pelos motivos que apenas as razões políticas fundamentam.

A finalidade de um ato político-administrativo de nomeação de um ministro não pode ser o de livrar o nomeado da prisão, por motivos mais que ululantes, ainda que não declarados no referido ato deturpado, travestido. A ideia de nomeação surgiu logo após o ato de condução coercitiva, para sair da esfera da 1ª instância e encontrar alguns aliados no Supremo Tribunal Federal. A fuga do juiz Moro é o que marca a finalidade do ato. Esperamos que caso reste efetivado referido ato imoral, reste declarado nulo pela justiça competente. Imaginamos que a finalidade de um ato político-administrativo não poderá ser em hipótese alguma a impunidade, a burla da aplicação da Justiça, a escolha de seu juízo natural.

Importante notar diferenças! Quando um réu de ação penal originária renuncia ao seu cargo, é um ato que nada pode ser feito. É um direito do renunciante, ao qual não cabe oposição. Não há lei no direito posto que torne obrigatório que alguém permaneça no cargo que foi empossado, ainda que transpareça amoral. Lembra-se que a Constituição diz no artigo 5º, inciso II que ninguém é obrigado a fazer ou a deixar de fazer alguma coisa, senão em virtude de lei, quando só a lei vincula a atuação dos cidadãos.
Porém, os fatos podem se desenrolar diferentemente. Acusado da prática de um crime é convocado a ocupar um cargo que lhe dê foro por prerrogativa de função, ofertando-lhe a possibilidade de desviar-se da Justiça de primeira instância e de responder perante um tribunal, caso que presentemente tratamos. Em um exemplo distinto um deputado estadual, por exemplo, que esteja sendo investigado por crime de estupro e consegue nomeação para o cargo de Ministro de Estado, subtraindo-se a ação do STJ e sujeitando-se a uma ação no STF, quando o processo muitas vezes prescreve sem alcançar o seu fim. O mesmo pode ocorrer de um prefeito que não possui prerrogativa restar nomeado para cargo que lhe confere prerrogativa perante um tribunal.

Neste caso é preciso verificar se a finalidade do ato administrativo de nomeação foi desviada, se há de fato um desvio de finalidade, que não se revela de interesse público, mas privatista. O fim de interesse público sempre vinculará a atuação do do nomeante, impedindo que a vontade pessoal deste se faça prevalecer. Portanto, caso os motivos elencado formalmente no ato sejam apenas simulados, perceba-se pelos fatos que a finalidade restou tergiversada, a verdadeira finalidade encontra-se formalmente oculta, ocorrerá inexoravelmente desvio de finalidade.

Vale reafirmar que a condução coercitiva de Lula para depor deixou democratizar a ideia do PT confirmada por Dilma de que se Lula estivesse como ministro nada disso teria ocorrido. Neste momento Dilma abraçou a ideia e convocou Lula, convidou-o formalmente para o cargo.
A ocorrência desse tipo de desvio de conduta sujeitará a autoridade administrativa, seja ela membro do Poder Legislativo ou do Executivo (esferas municipal, estadual ou federal) a ação popular e, ainda, ação ordinária de nulidade do ato.

Importante firmar que não distinguimos ato administrativo de politico para fim de se retirar os requisitos legais do ato, por isso firmamos no presente em ato político-administrativo, quando ambos devem atender a finalidade do ato, deve atender ao interesse público e jamais amesquinhar-se em interesse privatistas imorais.

Atender a interesses privado por tratar-se de nomeação política é assumir o estado de baderna e desordem instituído na Administração Pública. Atos políticos ou administrativos sofrem controle de legalidade, devem submeter-se ao ordenamento posto para que não se desvirtue o Estado Democrático de Direito.

Lula é afeto em disseminar a divisão do país entre pobre e elite. Pobres praticam crimes e de fato acabam respondendo por seus delitos, e Lula, será que irá responder por seus delitos ou ser presenteado com um ministério ou secretaria de governo?

Não íamos entrar no mérito de qualificar o ato de Dilma Rousseff com o fito de responsabilizá-la, porém resolvemos pelo aditamento para que completude se aufira com nosso arrazoado, ainda que o adendo seja breve, porém suficiente:

LEI Nº 1.079, DE 10 DE ABRIL DE 1950:

Art. 4º São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentarem contra a Constituição Federal, e, especialmente, contra:

(...)
II - O livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário e dos poderes constitucionais dos Estados;
(..).

Que a justiça se faça sem blindagens ou manobras.

Atualizando: Acabamos de ter a notícia de que os partidos de oposição já se movimentam para impetrar ação popular nos termos que defendemos no presente artigo "para barrar a nomeação de Lula", segue link:
http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/economia/20160315/oposicao-acerta-ação-popular-conjunta-par...

Atualização 2: Lula, nesta quarta-feira, 16.3, acaba de aceitar o cargo de Ministro da Casa Civil. Quanto ao fato, repercussões jurídicas, nossas ponderações e argumentos supra. Veremos mais do que nunca não um foro por prerrogativa de função, mas literalmente um foro privilegiado, esperamos estarmos equivocados e que o STF reverbere um tribunal e não uma "convenção partidária".

Atualização 3: Moro derruba sigilo e divulga grampo de ligação entre Lula e Dilma, que apenas vem reafirmar o que esposamos no presente artigo quanto ao inapelável desvio de finalidade do ato de nomeação de Lula para ostentar o posto de ministro:

Conversa entre Dilma e Lula

- Dilma: Alô

- Lula: Alô

- Dilma: Lula, deixa eu te falar uma coisa.

- Lula: Fala, querida. Ahn
 
- Dilma: Seguinte, eu tô mandando o 'Bessias' junto com o papel pra gente ter ele, e só usa em caso de necessidade, que é o termo de posse, tá?!

- Lula: Uhum. Tá bom, tá bom.

- Dilma: Só isso, você espera aí que ele tá indo aí.

- Lula: Tá bom, eu tô aqui, fico aguardando.

- Dilma: Tá?!

- Lula: Tá bom.

- Dilma: Tchau.

- Lula: Tchau, querida.

Caracterizada a tentativa de obstrução da justiça a partir da nomeação de Lula para o cargo de Ministro da Casa Civil. Termo de posse como salvo-conduto! Termo de posse sem tomar posse? E mais, Lula zomba do STF, do STJ (...), que estariam acovardado! É estarrecedor... A gravação ainda estabelece a influência que possui nos membros do Supremo, à exemplo da mencionada Rosa Weber.

Para obstruir a justiça não há necessidade que já haja processo judicializado, que o investigado haja virado réu. Impedir a formação do processo, o oferecimento da denúncia, o deferimento de prisão preventiva em seus termos naturais através de manobras escusas, não protegidas por lei e pelo princípio da Moralidade (art. 37 da CRFB), por meio de atos desviados de sua finalidade de interesse público, é obstruir a justiça.

FONTE:JUS BRASIL link http://leonardosarmento.jusbrasil.com.br/artigos/314224231/atencao-ato-de-nomeacao-de-lula-para-o-cargo-de-ministro-e-nulo
Artigo publicado por Leonardo Sarmento

Professor constitucionalista
Professor constitucionalista, consultor jurídico, palestrante, parecerista, colunista do jornal Brasil 247 e de diversas revistas e portais jurídicos. Pós graduado em Direito Público, Processual Civil, Empresarial e com MBA em Direito e Processo do Trabalho pela FGV.


16 de março de 2016

CÂNCER DE PRÓSTATA


Próstata é uma glândula do sistema reprodutor masculino, que produz e armazena parte do fluido seminal. Câncer de próstata é o tumor mais comum em homens acima de 50 anos. Os fatores de risco incluem idade avançada (acima de 50 anos), histórico familiar da doença, fatores hormonais e ambientais e certos hábitos alimentares (dieta rica em gorduras e pobre em verduras, vegetais e frutas), sedentarismo e excesso de peso. Os negros constituem um grupo de maior risco para desenvolver a doença.

  Sintomas

A maioria dos cânceres de próstata cresce lentamente e não causa sintomas. Tumores em estágio mais avançado podem ocasionar dificuldade para urinar, sensação de não conseguir esvaziar completamente a bexiga e hematúria (presença de sangue na urina). Dor óssea, principalmente na região das costas, devido à presença de metástases, é sinal de que a doença evoluiu para um grau de maior gravidade.
  Diagnóstico

 O câncer de próstata pode ser diagnosticado por meio de exame físico (toque retal) e laboratorial (dosagem do PSA). Caso sejam constatados aumento da glândula ou PSA alterado, deve ser realizada uma biópsia para averiguar a presença de um tumor e se ele é maligno. Se for, o paciente precisa ser submetido a outros exames laboratoriais para se determinar seu tamanho e a presença ou não de metástases.

  Tratamento

 O tratamento depende do tamanho e da classificação do tumor, assim como da idade do paciente e pode incluir prostatectomia radical (remoção cirúrgica da próstata), radioterapia, hormonoterapia e uso de medicamentos. Para os pacientes idosos com tumor de evolução lenta o acompanhamento clínico menos invasivo é uma opção que deve ser considerada.

Recomendações


 * Homens sem risco maior de desenvolver câncer de próstata devem começar a fazer os exames preventivos aos 50 anos;

 * Descendentes de negros ou homens com parentes de primeiro grau portadores de câncer de próstata antes dos 65 anos apresentam risco mais elevado de desenvolver a doença; portanto, devem começar a fazer os exames aos 45 anos;

 * Pessoas com familiares portadores de câncer de próstata diagnosticado antes dos 65 anos apresentam risco muito alto de desenvolver a doença; por isso, devem começar o acompanhamento médico e laboratorial aos 40 anos;

 * Homens com níveis de PSA abaixo de 2,5 ng/mL devem repetir o exame a cada 2 anos; já aqueles com PSA acima desse valor devem fazer o exame anualmente;

 * Resultados de PSA e toque retal alterados são relativamente comuns, mas podem gerar muita angústia, apesar de não serem suficientes para estabelecer o diagnóstico de câncer de próstata; para confirmá-lo é indispensável dar prosseguimento a uma avaliação médica detalhada e criteriosa;

 * Optar por uma alimentação balanceada e praticar exercícios físicos regularmente são recomendações importantes para prevenir a doença.

Fonte:http://drauziovarella.com.br

13 de março de 2016

MENOPAUSA




Menopausa é o período fisiológico após a última menstruação espontânea da mulher. Nesse espaço de tempo estão sendo encerrados os ciclos menstruais e ovulatórios. 

O início da menopausa só pode ser considerado após um ano do último fluxo menstrual, uma vez que, durante esse intervalo, a mulher ainda pode, ocasionalmente, menstruar. Esse tempo de transição que antecede a menopausa é chamado de climatério. 

Ele representa a passagem da fase reprodutiva da mulher para a não reprodutiva. O organismo deixa de produzir, de forma lenta e gradativa, os hormônios estrogênio e progesterona. A menopausa é mais um estágio na vida da mulher. Nesse período ocorrem transformações no organismo feminino, que aumentam a possibilidade de aparecimento e agravamento de doenças. 

 Não há uma idade exata para a menopausa: ela varia de mulher para mulher. Em média, ocorre entre os 45 e 55 anos. Pode acontecer antes dessa fase, de forma espontânea ou cirúrgica – a chamada menopausa precoce. 

A menopausa cirúrgica ocorre após a retirada dos ovários ou do útero. Quando aparece após os 55 anos, é intitulada menopausa tardia. 

 SINTOMAS 

 Apesar de não haver uma data pré-estabelecida para o início do climatério (período de transição para a menopausa), algumas mudanças no corpo feminino indicam a chegada da menopausa. 

A intensidade ou a duração do fluxo menstrual modifica-se, tende a ficar mais espaçada, até parar.
Durante o climatério, é comum as mulheres sentirem outros sintomas físicos e comportamentais. 

Os principais sintomas da menopausa são: Ausência da menstruação; Ressecamento vaginal (secura); Ondas de calor; Suores noturnos; Insônia; Diminuição no desejo sexual; Diminuição da atenção e memória; Perda de massa óssea (osteoporose); Aumento do risco cardiovascular; Alterações na distribuição da gordura corporal; Depressão. 

Nessa fase, é ideal que a mulher faça consulta regulares com outros profissionais além do ginecologista habitual, especialmente com o cardiologista e, se necessário, o psicólogo. Devido à redução do metabolismo ocasionado pela idade, pode haver ganho de peso, aumento do nível do colesterol e, consequentemente, da Pressão Arterial. 

Para evitar esses sintomas, recomenda-se a visita ao cardiologista uma vez por ano, para que assim o profissional possa orientar exercícios físicos adequados. Em casos de baixa autoestima e depressão, o psicólogo é o profissional que dará o suporte necessário para a superação dessa fase repleta de desafios. DIAGNÓSTICOS
Não há uma data certa para a menopausa ocorrer, no entanto há um indicativo para saber se a mulher está no climatério. O principal sintoma é a escassez da menstruação. Ir regularmente ao médico é importante para confirmar se, de fato, a mulher entrou na menopausa. 

Em algumas mulheres, a menstruação vai se espaçando com um intervalo cada vez maior, até parar. Em outras, cessa de uma vez. “Só se saberá que é a última depois de um ano sem nenhum sangramento. Então se confirma que a mulher não pode mais ficar grávida”, declara o ginecologista e psicólogo Jorge José Serapião, professor do Instituto de Ginecologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). 

Se a mulher toma pílula, pondera ele, o diagnóstico é mais difícil. Serapião avisa que “a pílula cria um ciclo artificial. Em determinada idade, se surgirem contraindicações ao seu uso, pode haver a necessidade de troca por dispositivos intrauterino (DIU) ou algum método definitivo, como ligadura de trompas”, explica o ginecologista e psicólogo. 

 Alguns tipos de DIU com progesterona também dificultam o diagnóstico, porque suspendem artificialmente a menstruação. “Se a mulher quiser ter certeza de que está na menopausa, não existirá a necessidade de retirar o DIU. Podem ser realizadas as dosagens hormonais, como as do FSH e LH, na faixa próxima a dos 50 anos”, comenta Serapião. EXAMES Durante o climatério, a consulta com o ginecologista deve continuar regularmente. 

O ginecologista e psicólogo Jorge José Serapião, professor do Instituto de Ginecologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), explica que a visita ao médico e o exame clínico nessa nova etapa continuam sendo importantes. “De modo geral, as mulheres tendem a diminuir as visitas ao médico, mas o ideal seria que a frequência de uma vez ao ano não fosse alterada.” Para detectar o início da menopausa, o exame clínico, em certos casos, é mais preciso, assim como o exame manual das mamas em relação à mamografia. 

É também através dos relatos da mulher ao seu médico que é possível analisar as variações na concentração dos hormônios, como progesterona, estrogênio e FSH. De acordo com os eventuais sintomas, o médico poderá solicitar exames complementares. Caso suspeite de anemia, o especialista poderá solicitar um hemograma. Os exames mais solicitados são a mamografia, a ultrassonografia e o papanicolau. Para ajudar na detecção precoce de doenças, o ginecologista pode pedir ultrassom transvaginal e exames de sangue. 

 TRATAMENTOS E CUIDADOS 

O método mais eficaz de tratar a menopausa é a terapia de reposição hormonal. Ela traz de volta ao organismo os hormônios estrogênio e progesterona, de modo a amenizar e/ou reverter os sintomas da menopausa, tais como ondas de calor, depressão, ressecamento vaginal, falta de libido, entre outros. O tratamento é realizado por meio de comprimidos, adesivos ou géis que repõem o estrogênio. Os medicamentos mais recomendados são comprimidos para consumo diário, que contêm progesterona e hormônio esteroide feminino para proteger o útero. 

 Outro método utilizado é o uso da pílula anticoncepcional, no qual a mulher toma por três semanas e faz um intervalo de sete dias. A grande diferença entre a “pílula” e o comprimido de terapia hormonal é a concentração de hormônios, isso porque no tratamento hormonal é usado o estrogênio natural em doses mínimas, apenas o suficiente para que a mulher se sinta bem. Já a pílula possui estrogênio sintético e seu objetivo maior é evitar a gravidez. 

 O tratamento hormonal pode ser realizado por meio de medicamentos com progesterona e hormônio esteroide, apenas com estrogênio, ou, em alguns casos, com hormônio masculino – a testosterona. Há também os tratamentos não hormonais que procuram amenizar os sintomas sem repor os hormônios em queda. Alguns desses tratamentos usam inibidores de receptação de serotonina, clonidina, cinarizina. Ainda há tratamento sem medicação, como acupuntura, relaxamento, etc. 

 O tratamento para a menopausa varia de acordo com o perfil de cada paciente. É necessário primeiramente analisar as condições físicas, como a Pressão Arterial, para então escolher o tratamento adequado para cada mulher. Os primeiros resultados da reposição hormonal aparecem, geralmente, após um mês do início do tratamento. 

 CONVIVENDO 

 Dúvidas sobre a Menopausa Com sintomas tão abrangentes, que vão de ondas de calor a depressão – não é à toa que tantos mitos envolvam o climatério –, a transição entre a fase reprodutiva e a não reprodutiva tem como marco a última menstruação. Como esse período traz um quadro muito particular de sintomas e tratamentos para cada mulher, é natural que surjam várias dúvidas. 

Por isso, é importante consultar seu médico ginecologista, uma vez que somente ele poderá tirar todas as dúvidas sobre a terapia de reposição hormonal. Confira os mitos e verdades sobre essa importante etapa na vida de todas as mulheres: A reposição hormonal é obrigatória para todas as mulheres? Mito. A terapia de reposição hormonal (TRH) é indicada para mulheres que têm sintomas relacionados à falta de estrogênio, como ondas de calor, sudorese noturna, secura vaginal, insônia e etc. Outra vantagem do tratamento é a prevenção da osteoporose. Quanto à doença cardiovascular, a TRH não é mais usada para prevenção, a qual é feita com atividade física e controle dos fatores de risco.

Segundo o ginecologista Marcel da Associação de Obstetrícia e Ginecologia de São Paulo (Sogesp), algumas mulheres não sentem nenhuma alteração em seu bem-estar e, por isso, não precisam de terapia hormonal. Há mulheres que sentem um único sintoma e que pode ter tratamento específico. Em alguns casos, a reposição é contraindicada, como histórico ou tendência de câncer de mama e trombose . 

O estrogênio reposto pela terapia hormonal pode aumentar o risco dessas doenças se desenvolverem. A influência, porém, é pequena, diz Steiner. “Um estudo mostra que, entre as mulheres que não fazem terapia hormonal, a ocorrência de câncer de mama anual é de 30 casos por grupo de 10 mil pessoas. Nas mulheres que fizeram terapia hormonal, o número sobe para 38.”, afirma o especialista. 

A terapia de reposição hormonal estimula o bem estar, deixando a pele e o cabelo mais bonitos? 

Verdade. A reposição hormonal melhora a elasticidade da pele e da mucosa. Além disso, o cabelo tende a ficar mais bonito e volumoso. Em geral, são mudanças sutis, embora perceptíveis pela própria paciente. 

O tratamento de reposição hormonal facilita o ganho de peso? 

Mito. Dependendo do tipo de terapia hormonal, pode haver ganho de peso por conta do inchaço. No entanto, não ocorre o ganho calórico. Há dois fatores que influenciam os quilinhos a mais nessa fase: a queda do estrogênio (parcialmente compensada pela reposição hormonal) e, sobretudo, o envelhecimento, que reduz o ritmo do metabolismo. Segundo especialistas, a falta de estrogênio aumenta o risco de acúmulo de gordura na barriga, como o que acontece nos homens. Isso aumenta o risco de diabetes, colesterol e doenças cardiovasculares. 

O tratamento de reposição hormonal pode provocar doenças cardiovasculares? 

Depende. Se a mulher faz o tratamento quando está entrando no climatério, ele ajuda a diminuir a incidência de doenças cardiovasculares. Se já se passaram cinco ou sete anos da última menstruação e o tratamento é feito, o risco aumenta. O estrogênio é um hormônio que ajuda a evitar doenças cardiovasculares – por isso o homem que não tem essa substância sofre mais infarto e acidente vascular cerebral (AVC, também chamado de derrame). 

Quando a mulher entra no climatério, sua produção de estrogênio diminui gradualmente, até parar por completo, o que tende a intensificar o depósito de gordura em veias e artérias. Após alguns anos, ela já sofre os efeitos de não ter esse hormônio. Se, depois disso, você der estrogênio para essa mulher, ele vai trazer problemas para o vaso, cuja placa de aterosclerose pode evoluir para ruptura e trombose, e, dependendo do órgão acometido, causar infarto do miocárdio ou derrame. 

 Não por acaso, a principal causa de morte da mulher na pós-menopausa são as doenças cardiovasculares. Se ela não faz terapia hormonal, tem que se exercitar e manter uma dieta equilibrada para que o coração se mantenha saudável. Além disso, também é feita a terapia hormonal.  
O tratamento reverte sintomas do climatério, como falta de libido e secura vaginal? 

 Verdade. A terapia hormonal é o mais eficaz dos tratamentos. É também amplo: melhora a pele, protege os ossos e o coração, além de diminuir a secura vaginal. 

 Podem ocorrer sangramentos durante o tratamento? 

 Verdade. Pode ser um efeito colateral do remédio, às vezes porque não se acertou a dose. É muito mais um problema com o medicamento do que com a paciente em si. Este tipo de tratamento costuma melhorar com o tempo de uso do medicamento. Há diferentes tipos de tratamentos. Quando a paciente tem útero, usam-se estrogênio e progesterona (esta protege contra câncer de endométrio). 
Para as mulheres que não têm útero, utiliza-se somente o estrogênio. Neste tipo de tratamento, os riscos de câncer de mama são quase nulos.

 Existe relação entre a idade em que a mulher tem a primeira menstruação (menarca) e a última (menopausa)? Se ela teve a primeira menstruação cedo, com 11 anos, a última delas vai ser cedo também, com 40 anos? 

 Mito. A única relação é com a carga genética. O período em que a paciente vai entrar na menopausa é parecido com o que a mãe passou. 

 A mulher que tomou pílula anticoncepcional por muito tempo vai demorar a entrar na menopausa? 

Mito. O anticoncepcional não influencia na data de início do climatério.

FONTE: http://www.gineco.com.br